“Vanity Fair” revela como era a vida íntima de José Castelo Branco e Betty Grafstein (2024)

O casal foi acompanhado por uma jornalista da prestigiada revista norte-americana. Há relatos de violência, excentricidade e mentiras.

José Castelo Branco e Betty Grafstein são os protagonistas da nova reportagem de investigação, divulgada esta terça-feira, 13 de agosto, da prestigiada revista norte-americana “Vanity Fair”. A jornalista que acompanhou a rotina de ambos diz ter testemunhado vários episódios de violência. “A ideia de beleza de José parecia mais do que aquilo que Betty podia suportar”, revelou Alice Hines. A cobertura foi feita antes da queixa apresentada, alegadamente, a 21 de abril, pela antiga joalheira, de 95 anos.

O artigo intitulado “A retorcida verdadeira história de amor de Lady Betty Grafstein e José Castelo Branco” é extenso e dá conta da vida luxuosa e atribulada do ex-casal. A autora encontrou o par nas redes sociais, pelos diretos no TikTok, e rapidamente entrou em contacto com o socialite. A partir daí, foi recebida num apartamento arrendado na East 62nd Street, com um cenário “cinematográfico maximalista”.

A publicação começa com a jornalista a comparar José Castelo Branco ao clã Kardashian, em Portugal. Toda a riqueza é descrita, inclusive as “13 malas Louis Vuitton”, com que Castelo Branco viaja de Nova Iorque para Lisboa. O cenário vai mudando de faceta, com a descrição da queixa, de abuso físico e psicológico, de Betty contra o ex-marido.

A primeira visita da jornalista aconteceu durante uma ida ao cirurgião plástico. Logo aí, destaca a velocidade com que Castelo Branco empurrava a mulher, na cadeira de rodas, pelas ruas nova-iorquinas.

“Quando finalmente chegámos à sala de exames, José estava exausto e saiu para fumar um cigarro. Betty olhou para mim e foi direta ao assunto: preferia não ser incomodada a este ponto. Não é que ela quisesse ficar em casa sem fazer nada ─ gostava de ver pessoas. Mas José ultrapassou os limites”, lê-se.

A situação não teria sido a primeira nem a última. Com o passar do tempo, Alice Hines testemunhou outros episódios. “Várias vezes Castelo Branco tentou calçar um par de sapatos Chanel nos pés inchados de Betty. Ela fazia caretas e protestava com ar de dor no rosto. Ele insistia”, conta.

Em março, o socialite ligou à repórter e disse ter comprado os bilhetes para as viagens. Antes do regresso a Portugal, combinaram uma sessão de fotos. A casa estava numa “desordem”, com “caixas empilhadas”, “cabides pelos corredores” e um “chuveiro estragado”. Nesse mesmo dia, ouviu o casal a chorar, enquanto discutia no quarto.

“Estão a arruinar a minha vida.”, gritava José, enquanto Betty dizia que não queria ir para Portugal. A jornalista ajudou-o a fazer as malas e Betty saiu do quarto como se nada tivesse acontecido.

A “Vanity Fair” relata a história do casal, referindo que “no papel, a beleza era a única coisa que José e Betty sempre tiveram em comum”. A certo ponto, a peça descreve como se conheceram e a vida que levavam — “galas, tardes em iates, a agir como ícones globais”.

A revista coloca ainda em causa o património financeiro da mulher de 95 anos. “Não consegui encontrar muito sobre a Grafstein Diamond Corporation. O único sítio que encontrei que mencionava o negócio da família, para além de artigos sobre Betty, era uma joalharia de bairro em New Jersey que, a dada altura, tinha vendido os seus produtos. Entretanto, não vi o nome de Betty nos registos de cavaleiros e damas homenageados pelos monarcas do Reino Unido”, explica a jornalista.

Alice Hines também entrevistou o filho da antiga joelheira, Roger Basile, que revelou que a mãe vive com o apoio da Segurança Social. “A minha mãe não tem um tostão”, garantiu, explicando que os únicos bens são as roupas, joias e a casa de Sintra, que foi hipotecada, entretanto.

Betty foi casada com Albert Grafstein, explicando assim a sua ligação à empresa especializada em diamantes com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, no luxuoso Diamond District, onde há muitos outros negócios deste segmento. Betty Grafstein não é sequer o seu nome verdadeiro. Batizada como Elizabeth Larner, a empresária nasceu no Reino Unido em 1928. Foi adotada por Bertram Thomas Larner e pela sua mulher Dorothy Cordelia Cheney, uma dama de companhia da rainha Maria, avó da rainha Isabel II, razão pela qual recebeu, ainda bebé, o título de Lady.

Quando atingiu a maioridade, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, emigrou para Nova Iorque com o seu primeiro marido que a abandonou e a deixou sozinha com Roger Basile, o filho. Aos 25 anos, quando trabalhava como secretária na sede da Pepsi, conheceu Albert, um judeu americano negociador de diamantes de 49 anos que liderava a Grafstein Diamond Corporation com o irmão. Albert já era pai de Barbara, mas mesmo assim acreditava que havia espaço para mais um filho na sua família. Foi por isso que adotou Roger. O casamento da empresária com Albert durou até 1991, ano em que morreu. Enlutada, herdou a empresa de joias que atualmente é gerida por Warren.

Leia este artigo da NiT para ficar a saber a história da misteriosa empresa de diamantes que deu milhões a Betty Grafstein.

“Vanity Fair” revela como era a vida íntima de José Castelo Branco e Betty Grafstein (2024)
Top Articles
Latest Posts
Article information

Author: Terrell Hackett

Last Updated:

Views: 5660

Rating: 4.1 / 5 (72 voted)

Reviews: 95% of readers found this page helpful

Author information

Name: Terrell Hackett

Birthday: 1992-03-17

Address: Suite 453 459 Gibson Squares, East Adriane, AK 71925-5692

Phone: +21811810803470

Job: Chief Representative

Hobby: Board games, Rock climbing, Ghost hunting, Origami, Kabaddi, Mushroom hunting, Gaming

Introduction: My name is Terrell Hackett, I am a gleaming, brainy, courageous, helpful, healthy, cooperative, graceful person who loves writing and wants to share my knowledge and understanding with you.