Uma Betty confusa mas que acusa José Castelo Branco. Eis a história do casal na "Vanity Fair" (2024)

Das manchetes em Portugal a um dos artigos de destaque do número de setembro da revista norte-americana Vanity Fair. A história do casamento de José Castelo Branco e Betty Grafstein fez manchete da edição digital da revista na terça-feira e conta com depoimentos únicos do filho e da própria, já depois do regresso aos EUA, da queixa de violência doméstica e do pedido de divórcio.

Uma Betty confusa mas que acusa José Castelo Branco. Eis a história do casal na "Vanity Fair" (1)

Betty Grafstein e José Castelo Branco conheceram-se nos anos 90 em Cascais, na abertura de uma galeria de arte dele, quando a norte-americana estava recentemente viúva do seu segundo marido, Albert Grafstein, um revendedor de diamantes. Desde então tinham sido inseparáveis, com viagens regulares entre Lisboa e Nova Iorque, onde o casal residia, uma coleção de joalhariade luxo cobiçada e um guarda-roupa partilhado repleto de marcas de luxo, desde Hermès, Dolce & Gabbana a Chanel. Até que tudo mudou em abril deste ano, quando Betty foi internada no Hospital CUF em Cascais alegadamente devido a uma queda em que fraturou o fémure feriu um pulso, mas acabou a acusar Castelo Branco de a ter empurrado, e, consequentemente, de violência doméstica.

Passado de violência

Desde então têm sido tornados públicos detalhes sobre o relacionamento e especulações sobre a possibilidade de já ter havido outros momentos de violência. Em declarações pela primeira vez sobre o caso, o filho de Betty, Roger Basile, garante à Vanity Fair, ter conhecimento deste histórico há décadas. "Tenho estado em silêncio porque isto acontece há anos", contou o filho do primeiro casamento de Betty à jornalista Alice Hines, autora do artigo agora publicado.

Segundo Roger, ficou a saber da violência quando no final dos anos 1990 recebeu uma chamada de amigos da mãe e veio a Portugal. "Quando lá cheguei, ela estava pisada desde as nádegas até ao pescoço." A mãe ter-lhe-á dito que esta não teria sido a primeira vez que era vítima do marido. Roger garantiu à revista americana que tentou várias vezes afastar a mãe do padrasto, mas ela: "Aceitava sempre o José de volta".

Património e título questionados

Ao longo da investigação jornalística, surgem dúvidas em relação ao património da joalheira, nomeadamente a herança que lhe foi deixada pelo segundo marido, Albert Grafstein. Foi o filho Roger Basile, nascido de uma relação anterior de Betty, que ficou a gerir a empresa de diamantes, e admitiu que esta não seria certamente a fonte da riqueza da mãe, e que ela estaria "sem um tostão!", a viver à conta da segurança social. Para as redes sociais e revistas cor-de-rosa,Betty vivia uma vida de luxo, mas segundo o filho os seus únicos bens são a coleção de roupa e joias, assim como a casa em Sinta, que o casal acabou por hipotecar. Nem o apartamento de Nova Iorque lhes pertence. É alugado e com uma renda antiga, pagamento menos do que a autora do artigo.

Outro dos mitos que o casal alimentava era o título de Lady e a hipótese de Betty pertencer à família real britânica. Roger Basile revela que ambas as histórias foram inventadas por Castelo Branco. "Os meus avós eram pessoas simples", recorda quando fala da família da mãe. O pai adotivo de Betty, que o casal dizia ter inventado a revistaThe Yachtsman, era na verdade um impressor. Quanto ao seu avô, cuja mulher supostamente era uma dama de honor da rainha Maria, era gerente de um pub.

Confrontada com esta informação já no regresso a Nova Iorque, Betty, que falou 40 minutos por videochamada com a jornalista, que descreve a sua memória como tendo algumas falhas. Confiança e clareza apenas em relação aos maus-tratos sofridos às mãos do marido, José Castelo Branco, de 61 anos. Sobre as incongruências da sua biografia assumiu não ter tido tempo para rever todos os pormenores. Alice Hines descreve que apenas quando instada pelo filho, Betty admitia que tinha sido o português a "inventar histórias" sobre ela. "José gosta de glorificar tudo e de se exibir", afirmou.

Sobre a violência doméstica, a Vanity Fair descreve que socialite de 95 anos é mais assertiva. "Ele estava sempre a lançar um murro quando eu menos esperava", afirmou enquanto descrevia um incidente em que ele lhe terá dado "um murro na cabeça como se fosse uma bola de futebol". Confirmou ainda que o divórcio estava a correr.

Acusação de violência doméstica

No que toca aos eventos de 20 de abril em que Betty acabou no hospital, José recorda que a mulher se estava a sentir mal e que lhe deu uma injeção de vitamina B12, para elevar os níveis de energia. Quando chegou a hora de Betty se levantar da cadeira na varanda do hotel onde estavam, não terá conseguido fazê-lo. Foi então que José tentou levantá-la e ela exclamou que ia cair. o que terá acabado por acontecer. A joalheira terá caído três vezes e no hospital acusou José de ser violento.

Quando a jornalista da Vanity Fair falou com Betty sobre o acidente, ela garante que não foi manipulada contra o marido, descrevendo que a atitude de José para com ela teria sido de "violência" e de "abuso". Contudo, Alice Hines recorda que as noções dos eventos contados por Betty mudaram ao longo do tempo. No hospital teria dito que José a tentou empurrou de uma janela, mas depois disse que afinal estava fora da entrada do hotel, quando ele a empurrou por três lanços de escadas abaixo, algo que a própria jornalista confirmou no local não existir. Foi colocada a hipótese de Betty querer dizer três degraus e não três lanços de escadas, mas esta mantém que são lanços. Para estes detalhes, o filho reconheceu que a memória da mãe já não era particularmente nítida.

Enquanto Betty já se encontra em Nova Iorque, José Castelo Branco permanece em Portugal com um processo por violência doméstica, um de divórcio e ainda a tentar levantar a proibição de viajar que entretanto lhe foi decretada.

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